sexta-feira, fevereiro 27, 2009

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO TRÁFICO NO RIO

Não adianta colocar somente na conta dos pobres!

Sylvio Guedes, editor-chefe do Jornal de Brasília, critica o 'cinismo' dos jornalistas, artistas e intelectuais ao defenderem o fim do poder paralelo dos chefes do tráfico de drogas.
Guedes desafia a todos que 'tanto se drogaram nas últimas décadas que venham a público assumir: eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro'. Leia o artigo na íntegra:

'Eles ajudaram a destruir o Rio'.

É irônico que a classe artística e a categoria dos jornalistas estejam agora na, por assim dizer, vanguarda da atual campanha contra a violência enfrentada pelo Rio de Janeiro.

Essa postura é produto do absoluto cinismo de muitas das pessoas e instituições que vemos participando de atos, fazendo declarações e defendendo o fim do poder paralelo dos chefões do tráfico de drogas.

Quando a cocaína começou a se infiltrar de fato no Rio de Janeiro, lá pelo fim da década de 70, entrou pela porta da frente.

Pela classe média, pelas festinhas de embalo da Zona Sul, pelas danceterias, pelos barzinhos de Ipanema e Leblon.

Invadiu e se instalou nas redações de jornais e nas emissoras de TV, sob o silêncio comprometedor de suas chefias e diretorias..

Quanto mais glamuroso o ambiente, quanto mais supostamente intelectualizado o grupo, mais você podia encontrar gente cheirando carreiras e carreiras do pó branco.

Em uma espúria relação de cumplicidade, imprensa e classe artística (que tanto se orgulham de serem, ambas, formadoras de opinião) de fato contribuíram enormemente para que o consumo das drogas, em especial da cocaína, se disseminasse no seio da sociedade carioca - e brasileira - por extensão. Achavam o máximo; era, como se costumava dizer, um barato.

Festa sem cocaína era festa careta.

As pessoas curtiam a comodidade proporcionada pelos fornecedores:
entregavam a droga em casa, sem a necessidade de inconvenientes viagens ao decaído mundo dos morros, vizinhos aos edifícios ricos do asfalto.

Nem é preciso detalhar como essa simples relação econômica de mercado terminou.

Onde há demanda, deve haver a necessária oferta.

E assim, com tanta gente endinheirada disposta a cheirar ou injetar sua dose diária de cocaína, os pés-de-chinelo das favelas viraram barões das drogas.

Há farta literatura mostrando como as conexões dos meliantes rastacuera, que só fumavam um baseado aqui e acolá, se tornaram senhores de um império, tomaram de assalto a mais linda cidade do país e agora cortam cabeças de quem ousa-lhes cruzar o caminho e as exibem em bandejas, certos da impunidade.

Qualquer mentecapto sabe que não pode persistir um sistema jurídico em que é proibida e reprimida a produção e venda da droga, porém seu consumo é digamos assim, tolerado.

Que a mídia, os artistas e os intelectuais que tanto se drogaram nas três últimas décadas venham a público assumir:

'Eu ajudei a destruir o Rio de Janeiro.'

Façam um adesivo e preguem no vidro de seus Audis, BMWs e Mercedes.'
Fonte: Jornal de Brasília.

terça-feira, fevereiro 24, 2009

Escreva qualquer coisa !!

1 mês sem postar ! bom, não que eu não apareça por aqui, eu venho, dou uma lida nas atualizações dos blogs que acompanho e saio.
Não é que eu não tenha novidades. Talvez não muitas mas nada que eu consiga ainda postar.
Meu marido sempre passa por aqui e comentou que eu não escrevo nada há 1 mês e me disse : Escreva qualquer coisa !
Não dá. Qualquer coisa não dá. Não que eu não seja boa em baboseira srs eu sou. Aliás, segundo meu marido eu entrei na fila várias vezes para ser boba mas isso não quer dizer que eu fale ou escreva qualquer coisa.
Por enquanto eu não tenho o que postar. Tenho lido algumas coisas, acompanhado os meus blogs preferidos (Pava, Tomei a pílula vermelha e o Celebrai que diga que passagem foi uma ótima descoberta) e estado feliz e tranquila apesar do momento que vivo (meu marido e eu estamos desempregados por enquanto !!).

Bom, eu estou feliz. Sou feliz. Depois eu escrevo algo sobre isso. Ou sobre outra coisa mas não qualquer coisa. :)